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Foto do escritorMarta Jardi

Paraty-RJ - Patrimônio Histórico Nacional

Atualizado: 10 de mai. de 2023

Considerada Patrimônio Histórico Nacional e conhecida como a Veneza brasileira, Paraty, uma charmosa cidade litorânea e histórica, fundada entre o mar e a montanha, possui uma beleza única com muita riqueza cultural e natural.



Paraty está localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, à 248 km da capital fluminense é uma pequena cidade com montanhas como pano de fundo na Costa Verde do Brasil, entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Foi classificada em 2019 pela UNESCO como Patrimônio Misto da Humanidade, o que significa ser reconhecido como um local considerado valioso para o mundo pela sua natureza e cultura excepcionais. Também foi reconhecida com o Título de Cidade Criativa da Gastronomia, Paraty conta com uma cena gastronômica diferenciada e diversificada.



Teve grande importância no ciclo do ouro, passou também pelo ciclo da cana de açúcar, do café e muitos momentos e fatos importantes do Brasil. Até que chegou ao ciclo atual, o do turismo, e hoje está entre os destinos mais procurados do país.



O centro histórico de Paraty é uma atração à parte, com uma arquitetura colonial muito bem preservada e as ruas são feitas de pedras trazidas de Portugal no século XVIII e não são abertas para carros. O fechamento é tanto para ajudar na conservação quanto para melhorar a experiência de visitantes, que podem passear por comércios e restaurantes à vontade.

Nas ruelas da cidade, você encontra galerias de arte, lojas, bares e restaurantes, além de muitas igrejas históricas abertas para visitação.


Paraty oferece muitas opções para curtir a noite, ganhando uma iluminação noturna que valoriza a arquitetura local criando um cenário belíssimo e aconchegante. De bares e restaurantes de alta gastronomia à roda de samba na praça da igreja, você vai aproveitar cada minuto dessa cidade.

A iluminação noturna cria um cenário belíssimo e aconchegante que valoriza ainda mais arquitetura local. É lindo. À noite a cidade tem outro clima e astral.




O clima do passado ainda está presente nas fachadas e ruas de pedra de Paraty. As igrejas e casas guardam em suas fachadas lembranças de um tempo que não voltará. Os hotéis, pousadas e restaurantes são todos casarões e sobrados centenários. Por isso, visite as igrejas, mesmo que seja apenas por fora. Adentre os sobrados, eles podem revelar grandes surpresas. Entre em ruas que você acha que já passou. Elas são sempre diferentes. - O colorido do Centro Histórico de Paraty é um charme e é um museu ao ar livre. Caminhe com calma.




Outra curiosidade é o Calçamento do Centro Histórico de Paraty, feito com pés de moleque.

Esse tipo de calçamento era comum na Europa nos tempos antigos e foi introduzido pelos Portugueses no tempo do Brasil Colônia. Algumas cidades litorâneas como Rio de Janeiro, Paraty, Salvador, Porto Seguro, Santos, receberam esse tipo de pavimentação.

As ruas de Paraty são feitas com essas pedras trazidas de Portugal no século XVIII.

Pés de Moleque porque algumas pessoas acreditam que o nome deste calçamento se origina da semelhança com o famoso doce de amendoim. Mas há quem argumente que a origem vem da forma como as pedras eram assentadas por “moleques” que iam apertando-as com os pés.



Nas ruas do interior do centro histórico não circulam automóveis, e andar pelas pedras realmente não é uma tarefa muito fácil.

Portanto, aconselhamos andar de calçados com solado de borracha com boa aderência, de preferência de tênis. Nem pense em andar de salto alto! O risco de queda vai ser muito grande. As ruas possuem no centro uma linha de pedras alinhada mais plana. É o caminho ideal, principalmente por pessoas de mais idade.

O fechamento dessas ruas é tanto para ajudar na conservação quanto para melhorar a experiência de visitantes, que podem passear por comércios e restaurantes à vontade. Pensou andar por essas pedras e você ter que se preocupar com os carros transitando?




Outra curiosidade são os barquinhos coloridos que são símbolos de Paraty.

A cidade nasceu como uma vila de pescadores.

E havia um barquinho chamado Cleopatraem vez de concentrar-se na pesca, havia um barquinho, chamado Cleopatra, que se destacou por ser todo pintado de rosa.

E quando os barcos começaram a levar turistas, Casais apaixonados em visita a Paraty se enfileiravam para embarcar no Cleópatra, pela cor, sinônimo de romantismo.

O barquinho vivia com filas, o que intrigou os outros barqueiros. De um dia para o outro, todos os barqueiros combinaram e pintaram seus barcos de rosa. E Hoje, todos são bastante coloridos, o que rende fotos lindas no destino.



Com a abertura da Estrada Real, criada pela Coroa Portuguesa para levar as riquezas de Minas Gerais até os portos de cidades do Rio de Janeiro, Paraty começou a receber muito ouro e diamantes. Por isso no local aconteciam muitos assaltos, o que levou à construção de fortes para se defenderem de ataques piratas.

Paraty é uma das primeiras obras urbanísticas do Brasil. Todas as ruas foram traçadas, estrategicamente, em formato sinuoso, ruas curvas para não se enxergar o fim delas, a fim de proteger os moradores de eventuais ataques piratas, facilitando a proteção das pessoas, pois em razão do ângulo, dava a impressão que a rua estava vazia, pois não se vê o final dela.



Ninguém deveria sair de Paraty sem provar a cachaça local, uma das mais famosas do Brasil.

Paraty praticamente inventou a caipirinha, no ano de 1.856. O fato está registrado no livro de ofícios da prefeitura.

A capiririnha nasceu durante um surto de cólera, para salvar as pessoas, diz o documento.

Antes mesmo da invenção da caipirinha (original é sem gelo) a cachaça já era usada com limão para curar gripes e mais doenças.

Hoje, a caipirinha mais famosa da cidade é o drink Jorge Amado, feito com cachaça Gabriela (com infusão de cravo e canela), maracujá, limão, açúcar e gelo.

Provamos no bar do Sandi Hotel no centro histórico onde nos hospedamos e gostamos demais.



IGREJAS DO CENTRO HISTÓRICO


Apesar da área pequena, o centro histórico de Paraty conta com quatro igrejas históricas! Isso porque na época da construção da cidade, elas eram divididas por classes sociais e gêneros! Ou seja, ricos e pobres, homens e mulheres frequentavam igrejas diferentes!


Igreja da Nossa Senhora dos Remédios 


Também conhecida como igreja da matriz, em frente a principal praça do Centro Histórico. Essa é a maior igreja da cidade, já que foi frequentada pelos homens ricos e brancos da época! A sua construção é de 1873, e é muito bela com os beirais de pedra amarelada, um olhar mais apurado revela que as duas torres nunca foram terminadas. Dizem que isso aconteceu por falta de dinheiro, ou porque a fachada da igreja ficou pesada demais e afundou para a frente.


As fotos são proibidas no interior da igreja, os altares em estilo neoclássico, bem mais clean que todo o exagero rococó. A entrada custa menos que um cafezinho no Centro Histórico.



Igreja de Nossa Senhora das Dores


Localizada em frente ao mar, com uma vista maravilhosa da baia, a igreja era frequentada pelas mulheres brancas da cidade. Como as mulheres eram consideradas menos importantes pela sociedade da época, a igreja não é tão grande e possui apena uma torre.



Igreja do Rosário



Essa pequena capela era frequentada apenas pelos escravos, que apesar de possuírem sua própria religião de origem africana, eram obrigados a se tornar católicos quando chegavam ao Brasil. Por se tratar de uma pequena igreja e de pouca importância econômica para sociedade naquela época, não possui nenhuma torre! Ela fica em frente ao Sandi Hotel.



Igreja de Santa Rita de Cássia


Uma das construções mais clicadas de Paraty, a Igreja de Santa Rita de Cássia principal cartão postal da cidade, também localizada em frente a baia, bem pertinho da água. O prédio foi construído em 1722 em estilo jesuítico, com portas em madeira trabalhada.

A igreja era frequentada por escravos libertos e mulatos. Difícil imaginar que mulatos, negros e brancos frequentavam igrejas diferentes há apenas 200 anos em Paraty.


Ali funciona também o Museu de Arte Sacra com um acervo de peças religiosas em barro, madeira, metal e prata datadas do século XVIII até hoje. Você nem vai precisar do flash para registrar todo o brilho das coroas do Imperador do Divino e da Rainha do Rosário. Entrada gratuita, mas não pode tirar fotos.



A Casa da Cultura de Paraty



O prédio colonial de 1754, que foi revitalizado em 2004, é um lindo casarão com imensas portas e batente azul e é dedicada à preservação, à exibição e ao incentivo do trabalho artístico da cidade, que recebe exposições temporárias e organiza projetos sociais para o desenvolvimento da cidade com os seus moradores. A Casa também é um dos quartéis-generais da Feira Literária de Paraty, a Flip. A entrada é gratuita.


Paraty possui uma cultura viva, que interage de forma sustentável com o meio ambiente, respeitando a exploração dos recursos naturais, terrestres e aquáticos de forma que haja equilíbrio na relação cultura e natureza.







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